O estilo boho nasceu do espírito livre das décadas de 60 e 70. Cheio de movimento, texturas e uma estética que valoriza o natural e o espontâneo, o estilo evoluiu com o tempo conquistando também o universo do luxo.
Marcas consolidadas transformam a estética em mais do que uma influência passageira, fazendo do estilo parte central de sua identidade.
Ao misturar a leveza do Boho com traços de outros estilos como o romantismo, o folk e até o minimalismo, essas grifes criam uma estética única e autêntica. Tecidos sofisticados, modelagens marcantes, acabamentos artesanais e uma estamparia que conta histórias são os elementos que ajudam a transformar a tendência do momento em algo exclusivo, reconhecível e totalmente alinhado ao DNA de cada uma delas.
Vamos conhecer as grifes que reinterpretaram o estilo à sua maneira, com sofisticação e estéticas que se tornaram suas marcas registradas?
1. Chloé – Boho Romântico com toque Sofisticado
Origem: Fundada em 1952 por Gaby Aghion, no auge da Paris pós-guerra, a Chloé nasceu com a proposta de oferecer moda de luxo mais leve e jovem — um conceito revolucionário para a época.
Boho como assinatura: Sob o comando de estilistas como Karl Lagerfeld nos anos 70 e Clare Waight Keller mais tarde, a marca foi moldando um boho elegante e sofisticado. Vestidos esvoaçantes e longos, tecidos translucidos, batas bordadas, camurça em cores claras, sandálias de tiras e franjas definiram a mulher Chloé: livre, romântica e com um charme effortless.
Estamparia como identidade: A grife costuma usar estampas delicadas, florais com ar vintage e motivos inspirados na natureza em tons suaves — tudo isso com um acabamento que parece quase desbotado pelo sol, trazendo ainda mais romantismo e naturalidade às peças. A estampa aqui nunca é gritante, mas parte da construção poética do look.
Destaque: É a marca que trouxe o espírito hippie para os desfiles de alta costura, sem perder o refinamento francês.
2. Zimmermann – Boho Glam com Romantismo Tropical
Origem: Criada pelas irmãs Nicky e Simone Zimmermann em Sydney, nos anos 90, a marca começou com moda praia e evoluiu para o prêt-à-porter com forte apelo feminino e artístico.
Boho como assinatura: A marca mistura a liberdade do lifestyle australiano com a sofisticação da alfaiataria europeia. Os babados arquitetônicos, tecidos fluidos, estampas botânicas e silhuetas vintage construíram um boho que é, ao mesmo tempo, romântico, dramático e sensual, ideal para ocasiões especiais e editoriais.
Estamparia como identidade: Zimmermann é intensamente visual. Suas estampas são grandes, exuberantes, frequentemente florais ou botânicas, com uma paleta que vai do pastel ao vibrante. O mix de cores, formas e escalas cria composições artísticas e maximalistas que são verdadeiros quadros vivos. A estampa é parte central das peças e ressalta o DNA Australiano e praiano da marca.
Destaque: É o boho para quem quer presença e sofisticação — perfeito para festas ao ar livre, casamentos e editoriais de moda.
3. Ulla Johnson – Boho Artesanal e Multicultural
Origem: Nascida e criada em Nova York, filha de pais antropólogos, Ulla Johnson fundou sua marca no início dos anos 2000 inspirada por culturas globais e técnicas artesanais.
Boho como assinatura: Ulla construiu um boho profundamente conectado ao artesanal: crochês feitos à mão, técnicas de tingimento naturais, bordados étnicos e tecidos crus. As silhuetas são amplas e orgânicas, sempre trazendo uma sofisticação descomplicada.
Estamparia como identidade: Ulla Johnson valoriza a estamparia como expressão cultural. Utiliza padrões étnicos, florais estilizados e motivos orgânicos muitas vezes inspirados em viagens a países como Peru, Índia e Japão. Suas estampas geralmente têm aspecto artesanal, com imperfeições propositalmente visíveis, reforçando a conexão com o feito à mão.
Destaque: É uma marca que respeita o tempo da criação e dá protagonismo ao feito à mão — um boho com propósito, elegância e conexão com a ancestralidade.
4. Isabel Marant – Boho Rocker, Sexy e Moderno
Origem: A marca fundada em 1994, uniu o street style parisiense com referências étnicas e esportivas para criar um visual contemporâneo com alma boêmia e rebelde. Sua visão sempre foi a da mulher cool, descomplicada e segura de si.
Boho como assinatura: Franjas, botas western, casacos folk e peças com cortes retrô convivem com jeans, camisetas e jaquetas de couro. Marant reinventou o boho com pegada rock’n’roll e espírito urbano e moderno.
Estamparia como identidade: Isabel Marant usa estamparia de forma sutil e gráfica. Trabalha com padrões tribais reinterpretados, geométricos, ou florais pequenos e monocromáticos. As estampas aqui têm uma função mais de textura e movimento do que de protagonismo, reforçando o visual effortless e cool que é marca registrada da estilista.
Destaque: É a cara da parisiense moderna: ousada sem esforço, boêmia sem ser caricata. Ela criou o boho para quem troca festivais por ruas movimentadas e ainda assim mantém o espírito livre.
Essas marcas não seguiram o boho — elas o transformaram. Em vez de repetir fórmulas, criaram caminhos próprios, onde estampa, modelagem e acabamento constroem identidade. O resultado é um estilo vivo, que se reinventa sem perder sua liberdade.
Quer ver como adaptar esse olhar para a sua marca ou estilo pessoal? Vem comigo nos próximos posts.
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